" Há cerca de um mês atrás estávamos a todo vapor, na corrida contra o tempo para fazer um festival sensacional. A sede da ABrasOFFA tinha movimento intenso todos os dias. Eram tantos detalhes e muita ansiedade! As noites já não serviam de nada, uma vez que mal dormíamos.
Começamos a jornada, e logo na chegada do primeiro grupo, os problemas deram as caras. O peso da responsabilidade por vezes comprimia a diversão, mas o objetivo ainda estava longe e perder as estribeiras não era uma opção.
Pela noite, as lágrimas escorriam pelo meu rosto, sozinha e em silêncio, pedia a Deus mais força com a única intenção de provar a mim mesma a capacidade que de alguma maneira acreditava ter.
Os dias se passavam e as alegrias se compartilhavam. As experiências se tornavam mais intensas e os ombros estrangeiros aos poucos apareciam, fazendo com que tudo valesse a pena.
Então os dias começaram a se encurtar, as conversas inacreditavelmente ultrapassavam o limite de horas que um dia comportava. Assim a liberdade nos aproximava da intimidade ao ponto de nos fazer sentir um integrante do grupo e junto deles querer ir embora, na tentativa de fazer com que aquele sonho não acabasse jamais.
Enfim, sem perceber, o dia da despedida chega. As lágrimas voltaram a rolar mas dessa vez não de angústia e sim, da enorme saudade que certamente estaria por vir.
Os carinhos, abraços, beijos, brincadeiras, risos, as línguas misturadas, as particularidades, os apelidos, tudo se vai para além das fronteiras.
Hoje, eles se foram. Os contatos ficaram. A paixão pelas diferenças cresce. O sonho despertou. A jornada continua e sim, somos loucos! "
Raquel,
Nós todos da ABrasOFFA agradecemos seu depoimento, sua dedicação, sua doação como voluntária! Esperamos tê-la sempre conosco!
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